Câmbios: há diferentes sistemas de troca automática.
E vamos falar de cada um deles!
Quando o assunto é marcha, até bem pouco tempo atrás, só se conhecia o sistema manual de transmissão, com três pedais e 6 posições de marcha. Depois, chegaram os automáticos e por fim os automatizados. Mas quais as características de cada um? Segue a leitura para conhecer suas peculiaridades!
Câmbio CVT, Dualogic, iMotion, Easytronic e de dupla embreagem como Powershift e DSG, com toda certeza você já ouviu falar deles.
O fim da troca manual de marchas não está próximo como muitos imaginam, mas a automatização desse processo é uma grande tendência de mercado. Cada vez mais, os carros encontram-se na versão mais modernizada como um opcional ou upgrade de categoria.
Mas como funcionam os câmbios manuais, automatizados e automático?
O câmbio manual possui uma caixa de marchas, normalmente com 5 velocidades e 1 marcha ré. O acionamento da marcha se dá após pisar no pedal de embreagem, que tem como função desconectar o motor do câmbio e permitir a troca suave entre as marchas.
As marchas são engatadas por meio de engrenagem que se deslocam através do movimento direto da alavanca do câmbio, no interior do carro.
A grande função da transmissão é multiplicar e dividir a força do motor para que não se sobrecarregue, isso é, quanto maior a marcha, menor será a rotação do motor (menos esforço) e maior será a rotação final (velocidade que é transmitida do motor para as rodas).
Já os câmbios automatizados funcionam exatamente como o manual, mas com o adicional de sensores que analisam o funcionamento do motor e enviam os sinais da necessidade atual (troca ou não de marcha) e enviam essas informações aos atuadores, que fazem as mudanças de marchas automaticamente.
O câmbio automático é completamente moderno. Seu sistema é composto por modulo eletrônico e dispositivos hidráulicos onde a troca de marcha fica 100% sob critérios do sistema de transmissão.
Nesse sistema automático, no lugar da embreagem há um conversor de torque. Ele é responsável por conectar o motor ao câmbio e a rotação é transmitida através do óleo. Quando o motor está no giro mínimo, o óleo está em baixa pressão e o carro fica parado com uma leve pressão no freio.
O lançamento mais recente entre os tipos de câmbio é o CVT (Transmissão Continuamente Variável) encontradas em veículos elétricos e híbridos. Seu funcionamento é diferente dos manuais, automáticos e automatizados, pois conta com duas polias de diâmetros variáveis, e a diferença de tamanho entre elas que define se as rodas receberão mais ou menos velocidade. A vantagem é que por ser um sistema com várias possibilidades de transmissão, esse tipo de câmbio favorece a economia de combustível.
Portanto, enquanto o câmbio manual é acionado através de pedais, o automatizado é acionado através dos atuadores hidráulicos, os automáticos por meio do conversor de torque que fica no lugar da embreagem e o CVT, as polias que ditarão a velocidade ideal.
A diferença na manutenção dos sistemas deve ser levada em conta, quando o assunto custo.
Enquanto um carro manual possui uma manutenção barata, os carros que possuem a transmissão automática ou automatizada de alguma maneira, possuem o custo de manutenção elevada.
Ainda que os sistemas automáticos sejam mais confortáveis, os cuidados preventivos devem ser seguidos à risca para que não haja prejuízo repentino. Os carros automáticos, por exemplo, necessitam de verificação constante no sistema de arrefecimento e troca de fluido de transmissão. Por conta da troca de marcha ser mais longa, o consumo de combustível também é maior do que o sistema manual.
Sendo assim, carros automáticos são mais indicados para quem busca conforto e liberdade para dirigir, levando em conta seu alto custo de manutenção. Para aqueles que gostam de sentir o controle do carro nas mãos, o sistema manual é o mais indicado. O sistema automatizado normalmente possui a possibilidade de troca manual das marchas e troca automatizada, permitindo que o motorista escolha entre conforto e controle. Já o sistema CVT é um sistema de manutenção elevada, mas que proporciona uma excelente economia de combustível e melhor aproveitamento do torque do motor.
Saber as peculiaridades de cada sistema é permitir que sua oficina tenha mais opções a oferecer.